cinema e história
NO ENSINO DE HISTÓRIA
Edineide Dias de AQUINO
Historiadora – UEPB
Especialista em Literatura e Cultura Afro-brasileira - UEPB
E-mail: rosaazul9@yahoo.com.br
Resumo
Uma produção fílmica pode ser um documento histórico, e este, um instrumento metodológico para o ensino de História. Com a “revolução documental”, este tipo de documento passou a ser considerado como tal, a partir da chamada História Nova, cujo grande representante é Jaques Le
Goff, que propõe a utilização de uma grande diversidade de manifestações humanas como registros válidos que contribuíram para compreensão de um determinado contexto histórico.
Sendo ou não especialistas na arte do cinema, podemos e devemos ousar como historiadores e professores e assim nos instrumentalizar para utilizarmos o filme como documento histórico e instrumento metodológico. Dentro desta perspectiva ressaltamos personagens primordiais no trato da abordagem histórica e cinematográfica, Regina Behar, Marcos Napolitano, Marcos Ferro,
Rosália
Duarte
que
contemplam
nosso
conhecimento
com
as
inovações
deste
campo/objeto/temática de estudo.
Palavras-chave: Cinema. Historiografia. Didática. Ensino de História.
Desde primórdios, as imagens têm acompanhado a humanidade, definido os contornos das distintas identidades, que fazem parte do modo como nos vemos e nos (re)conhecemos. A partir de então, o homem tem registrado estas imagens, através das pinturas rupestres, da iconografia, da fotografia, do cinema dentre outros diversos meios, propiciados pelo avanço tecnológico.
Diante destas ressalvas, destacamos o cinema como foco de nossa discussão no âmbito educacional. No Brasil nos anos 40 e 50, o cinema era um “evento social”, que contagiava e reunia uma massa populacional considerável. Segundo Rosália Duarte (1) a crença no poder do cinema de instruir e educar, através de uma dramaturgia amplamente acessível a todo