Cinema paraiso
Cinema Paraíso, este é um filme que acima elogia o amor, a amizade, a juventude, a vida e o cinema. É um filme muito especial, pois de uma forma poética consegue mostrar a magia que o cinema transmite a todos os seus amantes.
“O realizador Salvatore é um realizador de sucesso em Roma, e numa noite recebe a notícia que o seu amigo Alfredo morreu. É nesta altura que Salvatore se relembra de tudo o que pensava que podia ter esquecido. Relembra os seus tempos de infância, vividos numa cidade pequena da Sícilia. Estes eram tempos difíceis, reinavam a fome, a pobreza, a censura e o cinema era o espaço onde as populações podiam sonhar e por breves momentos serem felizes. As cenas passadas nos cinemas retratam as situações mais caricatas: o início dos namoros, as partidas das crianças, a corrida destas mesmas para a primeira fila frente ao ecrã, negócios obscuros, inclusive cenas de sexo.
Salvatore relembra-se enquanto Toto e o seu amigo Alfredo, o projeccionista da sua cidade que lhe mostrou os segredos do cinema e das projecções e assim estimulou-lhe a grande paixão pelo cinema.
O filme retrata o amor nas suas diversas frentes: amor de mãe, mulher, amor de adolescente, o amor sob forma de amizade, e o amor pelo cinema. É também devido a esses “duros” amores que se fazem escolhas, sacrifícios, sofrem-se consequências e muitas vezes obrigam-nos a fugir dessas realidades para criarmos em nosso torno uma redoma de vidro aparentemente intocável. Mas na noite em que Salvatore recebeu a triste noticia, percebeu que não podia fugir do passado, pois querendo ele ou não ele existia, e por isso mesmo tinha que o enfrentar. Assim passados muitos anos de ter “fugido” da sua terra natal, Salvatore volta à sua terra para o funeral do seu amigo e reencontra os rostos envelhecidos daqueles que o acompanharam durante a sua infância, e então sente-se de novo em casa.
Antes de partir, Alberto deixou um presente a Salvatore. Uma fita.