Ciling Final

718 palavras 3 páginas
A capa desta edição da Revista Galileu, utilizando a semiótica/semiologia adicionada da dicotomia sintagma e paradigma, de Saussure, pode ser analisada em várias partes.
O maior sintagma é a capa em si, composta por alguns grupos de texto na parte superior destacando o conteúdo da edição, o título (marca forte da Editora Globo), os textos referentes ao assunto principal e a imagem que o ilustra.
Os textos são compostos por palavras que, consequentemente, são formadas por letras e sinais gráficos. Sendo, então, paradigmas de outro sintagma.
Outro sintagma notável é o conjunto de três ursos de pelúcia, cada qual com suas características, como as orelhas, o focinho, os olhos, “boca”, sobrancelha, os laços no pescoço, cabeça, corpo, interior das patas e a textura de seus corpos.
As informações da face podem ser consideradas paradigmas pertencentes ao sintagma representativo da feição de cada um deles, que se difere de acordo com os elementos inseridos.
Ao olharmos um ursinho de pelúcia, nos remetemos à infância, pureza, ingenuidade. Este conceito está presente na imagem “serena” do primeiro brinquedo, à esquerda. Já no centro, ocupando a posição mais importante do todo, há um urso decapitado. Ainda assim, tem uma feição doce, conduzindo o pensamento à sensação de pena e comoção. Nota-se espuma espalhada ao seu redor, relacionando a sangue, assassinato. Falta-lhe um olho, sendo substituído por dois esparadrapos em formato de “X”. Este curativo nos é apresentado desde os desenhos e ameniza a sensação de dor e ferimento, levando a uma visão mais cômica e tenra, bem como a espuma substituindo o sangue ou as vísceras de um ser humano ou animal real.
Por último, vemos um urso mau. O simples fato de adicionar duas linhas em diagonal sobre seus olhos simbolizando sobrancelhas remete à maldade. Há, também, a modificação da boca para a lateral, em um formato com dentes pontiagudos, relacionando aquele ser a um animal selvagem, em ataque à sua presa.
Observamos, também, que

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