CIENCIAS SOCIAIS

7661 palavras 31 páginas
DESEMPREGO, INFORMALIDADE E PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO NO BRASIL
CONTEMPORÂNEO: ENSAIO SOBRE UMA TRAGÉDIA ANUNCIADA
David Moreno Montenegro1
“Acreditar, como dizem, que as contradições do capital e do trabalho não existem, ou que nunca serão reconhecidas e que jamais sofrerão a ação daqueles que mais sentem seus impactos devastadores, exige que também se acredite que o povo nada mais é do que cegos idiotas para sempre hipnotizados pelas promessas da
“circulação econômica” universalmente benéfica do capital, embora os fracassos monstruosos do sistema afetem diretamente a vida de bilhões de pessoas.”
(MÉSZÁROS: 2002)

Abordar o tema do trabalho e a situação da classe trabalhadora no Brasil é adentrar o insólito mundo regido pelos desígnios ignominiosos e avassaladores do impulso expansionista e ao mesmo tempo destrutivo do capital. Analisar a atual configuração sócio-estrutural brasileira, no que tange ao moderno arranjo ocupacional dos trabalhadores, não é tarefa das mais simples, constituindo trabalho empreendido por eminentes teóricos da realidade do nosso país, sobretudo nas últimas décadas, com o intento de elaborar teorias que descortinem e retratem fielmente a complexa condição de existência e reprodução da força de trabalho no Brasil. Para tanto, torna-se imprescindível construir uma discussão que considere as nuances e particularidades do processo de transformação interna do capitalismo e seus efeitos sobre o “mundo do trabalho”, pensando a inserção e participação do Brasil neste processo no último quarto de século.
No presente ensaio nos deteremos sobre o desemprego, o fenômeno da informalidade e suas implicações sociais e econômicas que apontam para transformações fundamentais em toda a estrutura do mercado de trabalho, na estrutura ocupacional e na forma de organização dos trabalhadores, que buscam de alguma maneira superar a condição de miséria e espoliação, pondo em xeque, em muitos casos, sua saúde, dignidade e segurança.
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