Ciencia Politica

3661 palavras 15 páginas
BARROCO MINEIRO: ENTRE DISCURSOS E
REPRESENTAÇÕES
Ana Laura Evangelista
Ao longo da pesquisa, buscou-se compreender o processo de construção do conceito1 de barroco mineiro, seus usos, apropriações e transformações dentro de debates entre artistas e intelectuais brasileiros, ao longo do século XX, que podem ser encontrados em periódicos como a Revista do Serviço do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional, Revista do Brasil e revista Barroco.
A tentativa de estudar esse conceito – nascido a partir das discussões sobre
Aleijadinho e a originalidade da arte colonial mineira – é importante para a compreensão de questões relativas ao estudo da história e historiografia da arte brasileira2, assim como para a compreensão de disputas entre elites intelectuais e artísticas pelo processo de construção e manutenção da Nação3, que culminaram no desenvolvimento, na década de 1930, da noção de patrimônio adotada pelo Serviço do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN) – atual Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) –, e na criação de políticas públicas de preservação desse patrimônio nacional pelo Estado Novo.
Atualmente, o barroco se tornou uma terminologia genérica, que pode ser definido como um “conceito que tanto pode designar um estilo artístico, literário ou musical quanto um período cronológico ou mesmo uma certa mentalidade”4. Estas acepções do termo foram aplicadas à sua variante barroco mineiro entre as décadas de
1920 e 1980, dentro de disputas entre elites intelectuais e artísticas, principalmente mineiras e paulistas, por elementos da nossa cultura classificados como únicos e originais, que fossem representativos de um caráter nacional e determinantes de uma
1

O barroco mineiro foi tratado neste estudo como um conceito, uma forma do pensamento que generaliza grupos de dados, de elementos, de fenômenos diversos, formando noções ou termos que representam as relações entre esses elementos. Por ser uma

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