Ciencia de Karl popper

O objetivo deste trabalho é apresentar uma comparação entre a postura filosófica de Karl Popper e a de Thomas S. Kuhn, levando em consideração alguns aspectos da teoria de cada um dos autores e, consequentemente sua contribuição ao trabalho científico.
Os autores são filósofos contemporâneos e interessam-se pelo processo dinâmico por meio do qual se adquire o conhecimento científico. Em função desse interesse ambos enfatizam como legítimos os fatos e o espírito da vida científica real e ambos se voltam com freqüência para a história no intuito de encontrá-los. No entanto, as intenções dos autores são totalmente diversas e como diz Kuhn: "o que o separa de Popper é uma mudança de Gestalt, e não uma discordância" (1979).
Poderíamos então classificar a postura dos autores como o representante de uma visão científica da vertente tradicional Karl Popper, e o outro de uma vertente revolucionária Thomas Kuhn, pois com suas teorias podemos discutir, refletir sob diferentes aspectos que envolvem a ciência e as questões contemporâneas, a partir da contextualização histórica do método científico.
O repensar do método científico assim como levantar as questões que fazem parte do contexto da ciência e da pesquisa é fundamental ao trabalho dos pesquisadores voltados à aprendizagem, e em especial a aprendizagem da leitura e da escrita, pois estas envolvem questões subjetivas como: aprendizagem, emoção e atuação docente.

O método das conjeturas e refutações é por onde Popper inicia sua reflexão, pois inicialmente aceita a conclusão de Hume de que a partir de observações e da lógica não podemos verificar a verdade de enunciados gerais como as leis e teorias científicas. No entanto, diz Popper, a observação e a lógica podem ser usadas para refutar os enunciados gerais. Há, portanto uma assimetria entre a refutação e a verificação. A partir daí, Popper constrói sua visão do método científico, o chamado racionalismo crítico, e também do conhecimento em geral: ambos progridem