cidade e o imperio

UFRJ
Brasil 1
Aluna: Iara Cintra de Morais

Rio de Janeiro, e as suas negociações.

Resenha
Bicalho. Maria Fernanda.
A Cidade e o Império: O Rio
De Janeiro no século XVIII.
Rio de Janeiro, Civilização
Brasileira, 2003, 418 p.

Perceber o papel da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro na consolidação do processo de colonização portuguesa na América, assim como os mecanismos estruturantes da política colonial lusa. Em linhas gerais, do que Maria Fernanda Bicalho tratou em ‘’A Cidade e o Império – O Rio de Janeiro no século XVIII. Em meio a Europa seiscentista beligerante, Portugal se via obrigada a dividir-se entre a Inglaterra (nação que despontava como principal potência econômica e militar) ou a coalizão franco espanhola. O reflexo de tal decisão teria grandes consequências nos domínios ultramarinos portugueses. E é imerso nessa conjuntura, e logicamente interagindo com elas, que a autora situa os seus estudos sobre a importância da cidade do Rio de Janeiro e de seus ‘’moradores’’ na manutenção do império português.
Ao lado da estonteante beleza carioca, uma profunda preocupação com a defesa deste território era o assunto principal das diversas correspondências trocadas entre os seus governadores e as autoridades de Lisboa (Portugal), preocupação esta traduzida por um forte sentimento de medo nãosó por parte dos moradores de São Sebastião, mas, também, pela metrópole. Nesse sentido, ‘’a experiência de sentir-se ameaçado era um dado fundamental na dinâmica da própria relação colonial’’ (p.18), na medida em que a cidade tanto pela sua estratégica posição geográfica, tanto por sua importância político-econômica, foi constantemente alvo de piratas e corsários.
Sempre imaginando que a perda da cidade do Rio de Janeiro significaria a perda da ‘’moeda de garantia’’ que Portugal dispunha para se sustentar da rede de conflitos europeia, a autora destaca a crescente importância que a cidade adquire ao longo do século XVIII, resultando, inclusive,