CIDADE BARROCA

O barroco originou - se na Itália, entre os séculos XVI e XVIII, e foi motivado a partir da convocação do concilio de Trento, marco inicial da contra reforma – uma barreira colocada pela Igreja contra a crescente onda do protestantismo, e a perda de sua influência política. Para popularizar a tradição e os ensinamentos cristãos a igreja católica deu um incentivo à produção artística patrocinando artistas e artesãos, construindo diversos templos e multiplicando a produção de ornamentos e imagens para a decoração deles. A “cidade capital”, expandida entre os séculos XVI E XVII na Europa foi responsável pelo desenvolvimento urbanístico nos tempos barrocos, incluindo as mudanças no espaço urbano. As novas estruturas políticas que passaram a caracterizar o contexto europeu, iria definir o conceito de uma nova organização urbana. Os empreendimentos realizados nas capitais, ou sob sua influência, caracterizam-se principalmente por estruturas que demonstrassem o poder dos governos barrocos, conseguido através da monumentalização do ambiente urbano, seguidos por um constante desejo de organização global do espaço.
“A classe dirigente passou a ser formada pelos reis e suas cortes, por nobres ricos e pelo novo clero especializado da Contra-Reforma. A cidade barroca teve que atender às aspirações estéticas aristocráticas pela grandiloquência de suas formas (expressão de poder, ordem e controle) e, ao mesmo tempo, aos interesses burgueses pelo seu aspecto socioeconômico (GOITIA, 2003).”
Os principais elementos que caracterizam o urbanismo barroco das cidades europeias entre os séculos XVI ao XVII são:
Traçados de bases renascentistas, guiados pela perspectiva, mas dotados de maior liberdade, movimento e escala, passando a simetria a ser relativa (em composição, mas não em detalhes); Caráter monumental expresso pela busca da grandiosidade e pela criação de verdadeiras “cidades-cenário”, o que foi obtido por meio de rasgamento e alargamento de vias, assim como a criação