Ciclo de vida das organizações
Quando se procede ao estudo do ciclo de vida das organizações, dificilmente se encontra um modelo ou referencial-padrão que possa ser aplicado às mesmas sem se correr o risco da especificidade de cada caso; talvez, porém, a afirmação de Marques, que motivou o início deste capítulo possa delinear o objeto deste estudo, qual seja o entendimento do ciclo de vida. "O êxito torna-se obsoleto no momento em que é alcançado" (MARQUES,
1994, p.3).
NO QUE CONSISTE O CICLO DE VIDA DAS ORGANIZAÇÕES
Bem se sabe que, assim como os seres humanos, as organizações existem como organismos vivos para satisfazer as necessidades das pessoas que as compõem, as quais uma vez traduzidas, constituem-se nos desejos das organizações. A partir disto, e de forma bastante simples, pode-se concluir que, satisfeita determinada necessidade, a mesma tornase obsoleta.
Ora, talvez se pudesse fazer uma analogia do que se disse anteriormente com o ciclo de vida das organizações. Cada período da vida de uma empresa é composto por uma série de características a serem atingidas. À medida que surgem novas características capazes de suprir as anteriores, estas tornam-se, então, obsoletas. Nisto constitui-se o ciclo de vida: à medida que a organização altera suas características pode-se afirmar que está, também, mudando de fase em seu processo de desenvolvimento, em seu ciclo de vida.
Reafirmando o que se disse acima, pode-se citar LEZANA (1996, p.10): "O processo evolutivo de uma empresa compreende uma série de etapas que devem ser superadas, desde a criação até a empresa se transformar numa instituição efetivamente consolidada.
Por analogia à evolução dos seres vivos, este processo tem sido denominado Ciclo de Vida das Organizações".
Por isto as empresas, seja qual for o seu tamanho, passam por fases de desenvolvimento, as quais são normalmente denominadas de ciclos de vida. A cada fase do ciclo a empresa enfrenta novas e diferentes situações.