Choque Séptico

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Choque Séptico - Imunologia 2013/1
Emiliana Ricardo, Jeniffer Grellert, Mateus Knob, Rodrigo Orso, Vitor Christofoli
1) O mecanismo responsável é a resposta inflamatória sistêmica (SRIS). Por ser imediata inicia direto uma resposta a um agente agressor, assim livrando o organismo da causa inicial da lesão celular quanto das consequência dessa agressão. A (SRIS) é reconhecida por pelo menos dois dos seguintes sintomas: temperatura oral maior que 38 ou menos que 36 graus; FR 20 por minuto ou PaCO2 menor que 32mmHG; FC maior que 90 bpm; leucometeria maior que 12000/µL ou menor que 4000/µL ou 10% de bastões.
2) Quando temos nosso organismo infectado, os macrófagos percebem essa invasão e imediatamente iniciam sua ação fagocítica sendo induzidos a liberar citocinas. As mesmas são responsáveis pelas quatro principais características da inflamação: calor, rubor, dor e tumor. Têm a função de recrutar mais células fagocitárias (macrófagos e neutrófilos) e moléculas efetoras para o local da infecção. O Fator de Necrose Tumoral alfa (TNF-α), a interleucina 1 (IL-1) e a interleucina 6 (IL-6) são as principais citocinas.
3) A IL-1 tem a propriedade de ativar o endotélio e estimula o hipotálamo a elevar a temperatura corporal. A febre prolongada pode provocar problemas como a desnaturação de proteínas e o hipotálamo, com um mecanismo reflexo, diminui a temperatura do corpo (hipotermia). Esse fato provoca uma instabilidade da temperatura que varia entre febre alta e hipotermia. Devido ao seu grande poder bactericida, os macrófagos liberam radicais de oxigênio como o NO que além de bactericida promove vasodilatação como no produzido pelo endotélio. Assim ocorre um recrutamento de células fagocíticas (principalmente neutrófilos) na medula óssea por fatores de proliferação secretados pelos macrófagos. Com aumento da produção dessas células ocorre uma e o predomínio de bastões caracterizando o chamado desvio à esquerda.