CHACINA DA CANDEL RIA JANA NA

Numa fatídica madrugada de sexta – feira do dia 23 de julho de 1993, no centro do Rio de Janeiro, mais especificamente na igreja da Candelária se fez ecoar o choro e o desespero das 72 crianças e adolescentes que haviam sido alvejados por tiros. Na manhã do dia 24 de julho de 93, o Jornal O GLOBO publicou as primeiras reportagens acerca do ocorrido e a partir do noticiado e as junções das peças soubemos que de fato aconteceu naquela madrugada calma e ao mesmo tempo barulhenta. Segue o trecho do jornal sobre os suspeitos e a uma das formas como o caso de extermínio foi retratado nos meios de comunicação. “(...) A chacina da Candelária aconteceu por volta de 1h30min.
Os criminosos chegaram em dois chevettes, um deles com a cor padrão dos táxis e ambos com as placas cobertas por plástico.
Sob a marquise dormiam 50 meninos de rua, com idade de 8 e 15 anos.
Três homens saíram do carro e perguntaram pelo menino Ruço.
Eles mataram quatro menores no local e feriram dois.
Um dos feridos morreu no Hospital Souza Aguiar e
Marco Antônio da Silva, o Reco, de 15 anos está internado em estado de coma.”
JORNAL O GLOBO
EDITORA RIO, PÁG. 6

Depois o mesmo jornal descreveu de forma mais minuciosa o que poderia ter acontecido naquela sombria madrugada, relatando o depoimento de algumas vítimas.

“Os mesmos policiais saíram da Candelária e próximo à praça Mauá
Renderam L. de 22 anos e os menores Paulinho Escurinho e Gambazinho.
Eles foram postos na mala de um dos chevettes e mortos próximo ao
MAM, no parque Flamengo.Os dois menores morreram no local,
Mas L. mesmo baleado conseguiu fugir. Os criminosos usaram
Pistolas de 9mm para praticar os crimes. Na Candelária, pelas ordem foram mortos Rogério Neguinho, Caolhinha (morta com um tiro na cabeça ao correr) e Paulo Roberto Oliveira, o pimpolho, que completaria 12 anos no próximo dia.
- Mata não, moço – Implorou Pimpolho, segundo um menor (...)”

MATÉRIA DO JORNAL O GLOBO
24 DE JULHO DE 1993
EDITORA RIO, PÁG. 06

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