Ceticismo

1461 palavras 6 páginas
Podemos entender a história da filosofia, a partir de duas grandes imagens do pensamento: uma se movimenta na certeza da verdade, do conhecimento, enfim, acredita na supremacia da razão, em dar conta do conhecimento e da verdade. A outra transita na incerteza, tratando-se de verdade e conhecimento, situa o homem em uma posição modesta, ao compreender a sua impossibilidade de alcançar o conhecimento seguro e a verdade última das coisas, ou seja: a essência da natureza ou das coisas. Com a corrente dos pensadores eleatas, cujo representante mais conhecido é Parmênides, temos já, uma espécie de jorro primordial do que mais tarde será conhecido como racionalismo. Parmênides já trabalhava com a ideia de uma bifurcação; a via da opinião versus a via da verdade, fazendo assim, da razão segura, o critério da verdade em oposição ao plano sensorial e a doxa, que sempre conduzem ao erro. As origens do pensamento cético remontam ao século lV antes de Cristo. No nascedouro do ceticismo, podemos situar o grande Heráclito de Éfeso, que para muitos pensadores, representa uma espécie de precursor das escolas céticas. Com sua visão mobilista, Heráclito compreendia o mundo como um fluxo constante de mudanças, um puro devir. É importante ressaltar que existem várias ramificações do ceticismo, e trataremos disso mais adiante. Mas, para os céticos, de um modo amplo, os sentidos e a razão, são os meios que possuímos para julgar, mas, tanto um quanto o outro, estão sujeitos a dúvidas. Os céticos suprimem o critério da verdade, pois para eles, o critério ou possui um fundamento crítico ou não. Caso não possua uma base crítica, não há credibilidade, de modo que não possui a mínima condição para compreender tanto o falso quanto o verdadeiro. Por sua vez, caso o critério seja fundamentado de forma crítica, ele estará inserido na ordem do juízo particular, assim, a coisa que julga, também é julgada por outra, e assim sucessivamente, até o infinito. Para

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