Cegueira

Deficiência visual: preconceitos e potencialidades

Claudia Dickel
Karla Andressa de Morais Rossi de Souza
Marília Urach
Tatiane Pereira de Figueiredo
Resumo

Esse estudo é resultado de uma atividade investigativa decorrente da disciplina de História e Realidades do Atendimento Educacional Especializado de alunos deficientes visuais do quarto semestre do Curso de Licenciatura em Educação Especial Noturno da Universidade Federal de Santa Maria - UFSM e, tem por objetivo relatar a experiência de vida de um sujeito com deficiência visual, tanto em seu contexto educacional quanto no seu dia-a-dia. Desta forma, este contato foi realizado com um familiar da pessoa com deficiência visual, a qual participou espontaneamente da pesquisa. Adotou-se como metodologia a abordagem qualitativa, tendo como instrumento de coleta de dados um questionário com perguntas semiestruturadas que tratava de temas como inclusão, deficiência visual, acessibilidade, histórico de vida, dificuldades, superações e relações interpessoais. Esse instrumento foi aplicado com o suposto familiar da pessoa com deficiência visual. Nesse sentido, através dos resultados e percepções a respeito do sujeito da pesquisa foi possível perceber que incluir não é somente garantir o acesso do deficiente visual à sociedade, incluir vai além do fato da pessoa ter acesso físico aos locais públicos, visa assegurar que esse sujeito terá continuidade e permanência de seus direitos em todos os locais que for. Contudo, é necessário que o deficiente visual lute por seus direitos conquistando novos espaços na sociedade. Dessa forma, foi possível constatar o quanto é difícil o processo de aceitação de estar cego, assim como suas dificuldades diárias, seu relacionamento bem como suas expectativas para o futuro, uma delas bastante comovente a sua vontade de voltar a enxergar.

Palavras-chave: Educação Especial. Deficiência Visual. Retinose Pigmentar. Acessibilidade.

Introdução

Todas as pessoas, entre elas as