Causas Rev. Francesa

As causas para a Revolução Francesa não devem ser vistas como condições europeias da época, mas sim sob um ponto de vista do que acontecia especificamente na França, pois o conflito entre o velho regime e as novas forças sociais era mais ascendente em solos franceses do que em outros países. Hobsbawn (1981) afirma que para entender porque a revolução eclodiu e quando eclodiu é válido considerar a chamada “reação feudal”, que foi o que a fez explodir. Para se entender essa reação, é necessário visualizar o que acontecia no período.
A nobreza estava segura, pois além de muitos benefícios, não pagava impostos. Entretanto, politicamente a situação era outra. A monarquia destituiu os nobres de sua independência política e reduziu ao mínimo suas velhas instituições. O fato se agravou e a nobreza apresentava seu descontentamento em assembléias e cortes de justiça. Por não serem profissionais por nascimento ou tradição, essa classe média enobrecida dependia das rendas de suas propriedades e para driblar a perda dessas rendas, eles utilizavam seus direitos feudais para extorquir dinheiro do campesinato. Os camponeses eram maioria, porém não possuíam terras ou possuíam uma quantidade insuficiente. Os problemas financeiros da monarquia se agravaram e a França acabou se envolvendo na independência americana, esgaçando os cofres públicos com os gastos com a guerra.
O autor explica ainda que, após a convocação da “Assembleia dos Estagos Gerais” a revolução se iniciou de fato. Tal tentativa, apresentou dois erros: a subestimação das intenções independentes do “Terceiro Estado” (representava a classe média, quem não era nobre ou membro do clero) e o desprezo em relação á crise socioeconômica da França. Não havia líderes, mas um grupo com ideias do liberalismo clássico, denominado “burguesia” foi considerado responsável pela Revolução.
Vovelle (2012) além de apontar as causas explicitadas por Hobsbawn, dá ênfase a “Declaração Universal dos direitos do homem e do cidadão”, um