Causas da desindustrialização

1. Concepções contrapostas às causas da desindustrialização.
No que tange as causas da desindustrialização devemos, preliminarmente, deixar de lado críticas as quais tem por escopo afirmar que a não houve impacto negativo sobre a indústria, em relação as transformações econômicas das últimas duas dezenas de ano. Sobre essas críticas, por exemplo, escreve o economista Hélio Schwartsman:
“De fato, o crescimento, não só da produção industrial, mas do PIB, acelerou-se consideravelmente até setembro de 2008. No que se refere à primeira, a taxa média de expansão em quatro anos atingiu algo como 4,5% ao ano, quase três vezes superior à registrada em períodos anteriores. Além disso, como já destacado aqui, o crescimento foi liderado pelos setores de maior intensidade exportadora, fenômeno difícil de conciliar com a afirmação acerca da influência negativa do câmbio sobre a atividade industrial.”
Além desse argumento o economista ainda destaca outro aspecto:
“Observa-se também uma aceleração apreciável da produção de bens de capital para uso industrial, indicando aumento do investimento no setor. Vale dizer, enquanto certas lideranças do setor vaticinavam a decadência inevitável da indústria brasileira, os industriais propriamente ditos tratavam de modernizar e ampliar suas instalações, um desenvolvimento também incompatível com a noção de desindustrialização.”1
É importante evidenciar que os fatos supracitados nos argumentos acima trazidos, serão vistos através de uma concepção que lhes é contraposta (concepção essa que defende a existência do fenômeno da desindustrialização), logo, mesmo que sejam pertinentes, ou não, esses argumentos serão deixados de lado, para entendermos as causas desse fenômeno defendido por alguns economistas, através das concepções desses mesmos economistas.
2. Fatores que corroboram o fenômeno.
A desindustrialização já teria sido prevista, no conceito de valor de Karl Marx, o fenômeno da industrialização corresponderia realocação do