CATERGORIAS

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INTRODUÇÃO
O termo Sociedade Civil tem vindo a ocupar uma posição cada vez mais central no discurso contemporâneo das ciências sociais e de desenvolvimento. O conceito foi repescado para a época moderna, dentro de um contexto político e social caracterizado pelo esgotamento das formas de organização política baseadas no domínio primordial da dicotomia Estado-Mercado, por um conjunto de activistas e académicos político-sociais e de desenvolvimento que viram na Sociedade Civil um potencial incontornável para resolver os problemas existentes tanto nas democracias estabilizadas, como nas emergentes, bem como para o cumprimento dos objectivos de desenvolvimento justo e duradouro.
Para muitos que advogam a seu favor, a Sociedade Civil é a “grande ideia do século”, concluindo que não existe solução para os problemas sociais, económicos e políticos no século XXI que não passe pelo envolvimento da Sociedade Civil. Contudo, aqueles que são cépticos perante a ideia argumentam que este é um conceito confuso e corrompido pelas elites que dele se servem para justificar agendas ideológicas radicalmente diferentes e profundamente ambíguas. Acrescentam ainda que, sendo um conceito que nasceu num momento específico da história europeia tem, por conseguinte, pouco significado dentro de contextos culturais, políticos e económicos diferentes.
Com base no que anteriormente foi dito, e depois de uma abordagem genealógica do conceito e de uma revisitação a todas as teses contemporâneas sobre a relevância da aplicação do conceito em África, não com o objectivo de alcançar um consenso teórico sobre a questão, mas com o intuito de realçar o facto de o termo poder assumir significados diferentes para pessoas diferentes, e de ser utilizado com objectivos diferentes em contextos ou em histórias diferentes (Edwards, 2004:vi), a presente dissertação de mestrado em Desenvolvimento e Cooperação Internacional pretende estabelecer uma análise que permita responder à

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