Caso Herbert

FACULDADE METROPOLITANA DE MARINGÁ
DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
CURSO DE PSICOLOGIA

CARLA DE GÓES GOMES

CONSIDERAÇÕES ACERCA DO CONTEÚDO ESTUDADO NO BIMESTRE

Maringá
2015
Primeira entrevista:

Hebert sente que o seu bloqueio dificulta a expressão de sentimentos e também sua dificuldade de fala. Conta que essa repressão, que por vezes causa dor no peito, mostra-se cada vez mais forte com o decorrer dos anos. Essa dificuldade começou na época do ginásio e vem se agravando, ele a descreve como uma sensação de frio e peso no peito. Ele diz: “Tenho a impressão de ser oprimido, por assim dizer, bloqueado em todos os domínios da vida”, mas relata também que isso desaparece às vezes. Diz que essa repressão vem da infância, de quando não podia expor suas ideias e também depois ao ver mulheres nuas aos cinco anos e tentou falar isso para seus pais (que seguiam o modelo de famílias tradicionais) que não o escutaram, daí surgiu o bloqueio. Diz que o bloqueio dificulta os anseios que deseja para a vida, diz não conseguir processar o quer de fato para sua vida. Herbert diz não saber se tudo isso é verdade. Diz que muitas vezes pensa em tirar a própria vida para tentar se livrar desse lado confuso que esta afetando seu contexto social e sexual. Diz que esta o angustiando e não sabe o que mais fazer e pensa que a morte seria a melhor opção para se livrar disso. Diz não querer ter essas limitações, pois não sabe lidar com essa situação, e isso o angustia e lhe traz a morte na mente. Diz que quer se relacionar com alguém, mas conta que tudo que escuta entra por um ouvido e sai pelo outro. Diz que fica martelando isso na cabeça, essa questão da neurose. Diz que algumas coisas já não fazem mais sentido. Diz que durante o mês todo, consegue se sentir bem apenas em dois dias dele. Herbert diz sonhar em ser escritor, músico, gosta de dançar, sabe que tem potencial para alcançar suas metas, mas sente o bloqueio no abdômen e passa a perturbar no peito e dai já