Caso Eletrica DOeste 2015v2 1

Caso Elétrica D’Oeste1
Introdução
Carlos Machado, um jovem consultor contratado recentemente pela Elétrica D’Oeste, havia acabado de conversar com João Ferreira, Gerente de Operações da empresa e havia lhe prometido entregar em duas semanas um plano de ação para lidar com os problemas de qualidade na produção de enrolamentos para motores elétricos. Esta seria a primeira tarefa do gênero que Machado faria e, apesar da pouca experiência no assunto, ele sentia-se confiante, pois já tinha aplicado o método de resolução de problemas em várias outras situações em organizações de serviços, instituições de ensino e financeiras. Ele sentou-se à mesa que lhe fora reservada no setor de engenharia da Elétrica D’Oeste, olhou para todos os dados e informações que havia coletado e tratou de esboçar os passos que deveria seguir até produzir o plano de ação ansiosamente aguardado por João Ferreira.
A Elétrica D’Oeste
A Elétrica D’Oeste é uma empresa média, baseada em Presidente Prudente, fabricante de enrolamentos elétricos utilizados na fabricação de motores elétricos (Anexo 1) de pequeno e médio portes, utilizados para aplicações diversas. A empresa havia sido fundada em 2008, por Gunther Lipzig e Alfredo Mathias, ex-executivos de uma grande empresa concorrente, e chegava a 2014 com um faturamento anual da ordem de R$ 300 milhões. Concomitante ao crescimento bastante expressivo, a empresa acumulou nos seus seis anos de existência uma série de problemas operacionais que precisavam ser tratados, antes que começassem a minar o potencial competitivo da empresa e sua capacidade de continuar crescendo. Parte desses problemas estava relacionada a defeitos na fabricação de componentes dos motores e na própria montagem. O volume de defeitos havia crescido principalmente nos últimos dois anos, seguindo o grande aumento da produção e já preocupava seriamente os dois sócios.
A Produção de Enrolamentos
A Elétrica D’Oeste havia iniciado, há três anos, a ampliação de sua produção e três