Caso Clinico

UESC - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ

CASO CLÍNICO

Ilhéus - BA 2012

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ - UESC
Ilhéus – Ba 2012
Caso Clínico

A.S.S., 28 anos, sexo masculino, deu entrada na Unidade de Emergência, vítima de acidente automobilístico, apresentando fratura exposta de fêmur direito e úmero direito. Consciente, orientado, mucosas hipocrômicas. SSVV: P: 119 PA: 90X60, R: 26 T: 36,2°C.
1- Explique a fisiopatologia de uma fratura.
2- Quais os tipos de fraturas?
3- Quais são os tipos de tratamento das fraturas (clínico e cirúrgico) e qual deles se aplica ao caso?
4- Que complicações podem acometer os pacientes que sofrem uma fratura? Explique-as.
5- Trace um plano de cuidados pré e pós-operatórios pra este paciente.

1 – Inicialmente após a fratura, a ruptura dos vasos sanguíneos resulta em um hematoma, que preenche o espaço da fratura e circunda a área de lesão óssea. O sangue coagulado geralmente será uma rede de fibrina, que ajuda a selar o sitio de fratura ao mesmo tempo em que cria uma estrutura para o influxo de células inflamatórias e fibroblastos, alem de novos vasos capilares. Simultaneamente, plaquetas desgranuladas e células inflamatórias liberam PDGF, TGF-β, FGF e outra citocinas , que ativam as células osteoprogenitoras no periósteo, cavidade medular e tecidos moles circulantes, estimulando a produção de osteoblastos e osteoclastos. Assim no final da primeira semana, o hematoma se organiza, os tecidos adjacentes estão sendo modulados para a futura produção de matriz e as extremidades fraturadas dos ossos sofrem remodelação. Este tecido fusiforme e predominantemente não-calcificado – chamado calo de tecidos moles ou pró-calo – gera uma certa ancoragem entre as extremidades dos osso fraturados, sem oferecer a rigidez estrutural para o suporte de peso.
Subsequentemente, as células osteoprogenitoras ativadas depositam trabéculas subperiostal de osso traçado que se orientam perpendicularmente