CARVALHO, José Murilo (2003). “Nação Imaginária: memória, mitos e heróis”. In: NOVAES,A. (org). A crise do Estado-nação. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

987 palavras 4 páginas
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
DISCIPLINA: TEORIA GERAL DO ESTADO
DOCENTE: CLOVES ARAÚJO
DISCENTE:

FONTE:
CARVALHO, José Murilo (2003). “Nação Imaginária: memória, mitos e heróis”. In: NOVAES,A. (org). A crise do Estado-nação. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. RESENHA A relação entre Estado- nação é bem diversa, podendo haver um Estado que engloba várias nações, ou nações com mais de um Estado. Além disso, tanto pode o Estado criar a nação ou a nação criar o Estado ou fazer-se os dois mutuamente.
A nação requer, para sua sobrevivência, a construção de uma identidade coletiva para contrabalancear os muitos elementos divergentes e a construção dessa identidade coletiva requer uma grande dose de “esquecimento”. Esse esquecimento e a reescritura da história envolvem a criação de mitos, símbolos e heróis nacionais, ou seja, de instrumentos poderosos que servem de modelos nacionais e ajudam a desenvolver uma unidade de sentimentos e de propósito.
Falando do Brasil é possível enxergar como tais instrumentos contribuíram para o esquecimento de um passado sangrento e desonroso. Apesar de todos se referirem à chegada dos portugueses ao Brasil como um “descobrimento”, aqui já viviam milhões de habitantes. Falar em descobrimento implica, então, na desconsideração da existência real dessas pessoas antes da chegada dos portugueses, numa visão completamente eurocêntrica. E, apesar de todo genocídio (estima-se que em menos de 3 séculos 3 milhões de índios foram mortos) que foi praticado pelos europeus, ainda hoje existe uma visão quase “idílica” e romântica do encontro entre o portugueses e nativos. Imenso encobrimento e construção de memórias. A carta de Pero Vaz de Caminha,por exemplo, serviu de instrumento para a construção de memórias ilusórias.Além disso, esse mesmo empreendimento que dizimou milhões de índios ainda foi responsável pela colonização de outros

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