Carta DCE
A equipe vencedora de um dos torneios do evento continha o nome de “xxS0C4D0R3S D3 UT3R0”, o que, certamente, não foi bem aceito por parte da comunidade acadêmica que compreendeu como misógino o conteúdo de tal nome, repudiando a equipe que o escolheu e a equipe organizadora do evento que permitiu que este nome fosse inscrito.
Incentivamos a ocorrência destes eventos no ambiente universitário, compreendendo a importância da integração entre os/as estudantes. No entanto, acreditamos que a universidade bem como os eventos a ela ligados, devem buscar propiciar um ambiente pacífico e de respeito a todas as pessoas.
A agitação acerca do ocorrido, que resultou numa nota de repúdio por parte de alguns coletivos de discussão de gênero e, em resposta, muitos comentários reproduzindo discursos misóginos, nos faz refletir sobre outros ocorridos na universidade, e atentar para a importância de que sejam criadas medidas efetivas de combate à opressão na universidade.
Ainda este ano, no dia 29/04, o DCE recebeu um ofício por parte da DISAU sobre um caso de racismo ocorrido entre uma estudante e uma funcionária terceirizada responsável pela limpeza, cobrando do DCE a "punição" da estudante.
Devido às discussões que travamos no Coletivo Anália desde 2012 na universidade, sabemos que casos de racismo, machismo e homo/lesbo/transfobia são recorrentes no ambiente universitário, seja por parte de estudantes, seja reproduzidos por discursos e atitudes de professores/as ou demais funcionários/as.
Essas denúncias não estão dissociadas e compreendemos que é responsabilidade da universidade dar conta da formação integral de seus estudantes, entendendo que não basta termos uma educação tecnológica de excelência, se não temos respeito ao próximo.
Os índices