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Embora seja de conhecimento público que o acesso às linhas de financiamento baratas e com prazos atrativos é variável fundamental para aquecer a demanda por veículos no Brasil, a presente análise traz como objetivo estudar de maneira mais profunda essa relação, estabelecendo como as oscilações do crédito têm impacto direto da aquisição de veículos zero quilômetro. Apoiado da hipótese de favorecimento concedido pela lei de alienação fiduciária, buscar-se-á demonstrar que as linhas de crédito com juros reduzidos e prazos extensos decorrem dos benefícios e facilidades que bancos e instituições financeiras detêm para reaver o bem alienado em situação de inadimplência. É em relação a esses benefícios que os juros para o setor automobilístico apresentam-se inferiores as demais linhas de financiamento existentes no mercado. Introdução Os anos 2000 foram de caminhada ascendente para o crédito no Brasil. Mesmo diante de uma realidade com elevadas taxas de juros – tanto em âmbitos nominais quanto reais – o BNDES demonstrou que a relação crédito/PIB cresceu de maneira considerável. De 2004 a 2009 essa relação elevou-se de 23,6 para aproximadamente 45% e os números tendem a se ampliar. O estudo de Filho, E. T. T. (2010) mostrou ótimas expectativas para os próximos anos, alcançando níveis que podem chegar a 70% até o final de 2014. Embora muito à frente de países da América Latina como Argentina e Uruguai, que apresentaram em 2007 uma relação de 12,5% e 22,6% respectivamente, o Brasil permanece muito atrás dos países desenvolvidos como EUA e Dinamarca que demonstraram uma relação crédito/PIB de 202,4% e 190, 6% respectivamente. Uma das razões para que essa relação ainda seja baixa no Brasil está apoiado em características históricas, como escassez, elevada volatilidade e elevados custos para concessão. Na contramão desses retrocessos históricos, os índices desde 2004, conforme supracitado, apresentaram-se em franco crescimento, impulsionados principalmente pela redução