Carrinheiros: de ofício à profissão, visando à perspectiva associativista

2757 palavras 12 páginas
Carrinheiros: de ofício à profissão, visando à perspectiva associativista

Andrea Santos
Hilda Pesch
Gizeli Filius
Robson Tiziam
Valdirene Pires

2011
Introdução

A presente pesquisa Bibliográfica e Empírica tem o objetivo de apresentar um grupo social pertencente às classes populares que evidencia expressões latentes da questão social estudadas neste curso. Apresentam-se excluídos socialmente, com vulnerabilidades individuais e coletivas, apresentam aspectos de falta de moradia, desemprego, situação de migração, trabalho infantil, e desprovidos de necessidades básicas, como alimentação, saúde e educação. Neste foco identifica-se o território urbano da rua e das calçadas como seu principal cotidiano. O perfil desses sujeitos, via de regra, na maioria são recém chegados na cidade, com pouco estudo, sem alternativa de emprego, com idade avançada para o mercado de trabalho ou com problemas de saúde. Essas pessoas são muitas vezes discriminadas, tratadas como mendigos ou bandidos pela sociedade. São objetos do seu trabalho a coleta de papel, vidros, latinhas de alumínio e garrafas PET, além de outros componentes do lixo produzido diariamente pelas cidades.

RELAÇÃO DE TRABALHO

O conceito de relação de trabalho basicamente é a relação entre empregado e empregador, são diversas formas de prestação de trabalho humano, contratual ou não, remunerado ou não. Mas o conceito não é fechado, não há um consenso entre os juristas em relação aos profissionais liberais, por exemplo, uns entendem que esses profissionais estabelecem uma relação com seus clientes de consumo, outros entendem que é de trabalho. Na questão dos carrinheiros, o trabalho é visto por alguns autores de forma ambígua. Enquanto alguns caracterizam o trabalho com formal e informal autônomos, como os camelôs, por exemplo, outros dizem que os carrinheiros agem algumas vezes com pedintes,

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