carl jung

Carl Jung teve uma infância infeliz e solitária, não tinha muitos amigos, nem aproveitava como realmente uma criança deve aproveitar a infância. Seus pais não eram amorosos e viviam em constante troca de humor, isso era tão constante que o menino Jung chegou a pensar que sua mãe era duas pessoas diferentes que habitavam um único corpo. Em sua autobiografia descreveu a mãe como gorda e pouco atraente, o que confirma sua rejeição sobre a teoria freudiana de que todo menino tem desejo sexual pela mãe.
Jung sempre se sentiu sozinho, não conseguia se enquadrar na realidade consciente, foi daí que voltou seu pensamento para o inconsciente, era lá que ele se sentia “seguro”. Para ele os sonhos iam moldando a personalidade de cada um. É importante ressaltar que a teoria de personalidade que criou teve uma grande influência da sua própria vida (dos seus próprios sonhos). Na teoria de Jung a formação da personalidade acontece através do crescimento interno do indivíduo, sem precisar de influências externas, ou seja, sem precisar do relacionamento com outras pessoas. Esse é mais um ponte que Jung se distingue de Freud, pois este acredita que todos precisam de relações interpessoais para formar a personalidade.
Jung conheceu Freud em 1907, tinham muito assunto incomum para conversar e seus interesses com relação à psiquiatria eram similares. Freud via Jung como um filho, acreditava que ele iria ser seu sucessor, mas ao contrário do que Freud pensou, Jung divergia seus pensamentos em alguns pontos das teorias de Freud, pontos estes que eram essenciais para um bom andamento nos estudos e pesquisas. Além disse, aos 18 anos, Jung teve uma experiência com um senhor mais velho que ele, amigo da família que quis ter relações homossexuais com ele e abusou de Jung. Conseqüentemente Jung cresceu com uma desconfiança nos homens e com Freud não foi diferente. Ele viu Freud querendo ficar superior e mudando a natureza do relacionamento. Com tudo isso o rompimento foi inevitável. Jung