carina carvahais

3525 palavras 15 páginas
INTRODUÇÃO
Desde Aristóteles até à atualidade, afirmava-se a distinção entre os géneros, a superioridade masculina e o seu posicionamento como grupo de referência e comparação em todos os contextos, sociais, familiares e mais recentemente profissionais, com a introdução da mulher no mundo do trabalho, pois o nível de discriminação de género era de tal ordem que não permitia à mulher a laboração no exterior do lar, sob a forma de trabalho remunerado.
Com o avançar dos tempos e o com o surgimento de determinados contextos históricos, a mulher foi assumindo e afirmando a sua posição social e a sua vontade, modificando a sua colaboração de tarefas quer domésticas, quer profissionais.
É imprescindível referir que há necessidade, não só, por lutar contra qualquer tipo de discriminação, como de fazer as pessoas compreenderem o porquê desta necessidade quer a nível social em geral, quer para as minorias e para o individual psicológico. Não se pode querer mudar o comportamento de uma sociedade, sem lhe mudar a atitude de uma forma justificada, compreendida e automática. As pessoas precisam de criar empatia pelas outras, sabendo o que é viver e sentir o que desperta no outro o sentido para levar a vida naquele padrão e não noutro.
Deste modo, procuramos explicar os estereótipos de género e os efeitos que estes produzem a nível profissional, o tempo de horas despendido pelo homem e pela mulher no trabalho remunerado, nas tarefas domésticas e familiares, na dedicação pessoal; a remuneração consoante o género, a valorização profissional, os cargos profissionais e as profissões mais comumente ocupadas por cada um destes géneros.

ESTEREÓTIPOS DE GÉNERO E TRABALHO

1. O que são estereótipos de género?
Com a introdução do conceito de estereótipo, por Lippmann, mais especificamente a sua conceptualização, poder-se-á dizer que os estereótipos são generalizações acerca dos membros de certos grupos, ou são uma instância do processo cognitivo da categorização.

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