Caracterização da mastofauna
1. PORQUE caracterizar a Mastofauna
A maior ameaça à sobrevivência desses animais é a destruição dos seus hábitat naturais, que vêm sendo progressivamente substituídos por áreas alteradas pela presença e uso antrópico.
A velocidade com que os ambientes naturais vêm sendo alterados é maior do que o avanço dos estudos tanto sobre a biologia e ecologia desses ambientes (in situ), como sobre a reprodução das espécies em cativeiro. Desta forma, essas duas situações concorrem contra a vida silvestre, tornando-se urgente realizar esforços para a manutenção dos ambientes naturais paralelamente aos estudos das espécies em vida livre e em cativeiro.
Agravam as atuais pressões ambientais que geram a extinção das espécies, o comércio ilegal de animais selvagens, que somente não é maior que o de drogas e de armas. Consta que cerca de 12 milhões de animais são encaminhados ilegalmente para o exterior, ou para se tornar animais de estimação em várias regiões do Brasil.
Por estas razões, os projetos de manejo de recursos naturais devem proceder à caracterização e o estado da Mastofauna ocorrente na área de interesse e entorno, visando reconhecer e valorizar as áreas que abrigam a fauna silvestre.
Contudo, deve-se atentar para o fato que o controle das pesquisas, capturas, manejo, transporte e reintrodução de animais silvestre cabe ao IBAMA, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, apoiado por legislação que tipifica como crime ambiental a apreensão, caça, coleta de ovos e filhotes, perseguição e apanha de animais silvestres, e sujeita os infratores a penalidades legais.
O Manual de Avaliação de Impactos Ambientais – MAIA - editado pela SEMA/Paraná em 1993 apresenta, em sua Secção 3900, que trata das caracterizações de impactos nos ecossistemas terrestres, uma lista das perdas que as ações humanas, notadamente nos grandes empreendimentos, impõem no meio biológico sobre a flora e fauna