caracterização institucional
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A história da Luta Antimanicomial no Brasil iniciou-se há aproximadamente 27 anos, no município de Bauru - SP, onde funcionários, familiares e pacientes psiquiátricos, diante das “prisões manicomiais”, resolveram manifestar sua revolta em relação aos hospitais psiquiátricos que praticavam um poder desumanizante em relação aos pacientes. Tendo como data comemorativa o dia 18 de maio. O movimento de reforma psiquiátrica consiste em uma tentativa de humanizar a atenção dada às pessoas com diferentes doenças mentais, com foco na promoção da saúde (atentar para as possibilidades e as qualidades da pessoa, não para os sintomas da doença) e na reabilitação psicossocial (retorno ao contexto familiar e social). A tentativa de implementar a reforma psiquiátrica apresenta-se como um dos grandes desafios da Saúde Mental. Dispositivos como os CAPS – Centros de Atenção Psicossocial - têm se mostrado eficientes na modificação do modelo que coloca o hospital psiquiátrico como referência para atender essa população.
O Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) surgiu em São Paulo, no ano de 1987. Com recursos federais e de caráter público, esse novo serviço veio atender a demanda de atendimentos em saúde mental, tendo recebido o nome, a princípio, de Centro de Atenção Psicossocial Luiz da Rocha Cerqueira, com a sigla CAPS, que foi seguida posteriormente em todo o país pelos próprios usuários do serviço. O centro tornou-se um modelo institucional para os demais CAPS brasileiros.
Aos poucos foi sendo edificada a ideia dos centros de atenção psicossocial como espaços que gerariam a reabilitação psicossocial, que se diferenciam enquanto uma modalidade de assistência pública em saúde mental individual e coletiva, que procuram a criação de uma ética e política ajustadas em saúde mental e procurariam partir com o sentido de manter incluso, que caracterizava o modelo hospitalar de atendimento em saúde mental, o que ainda vinha problematizar a questão da cidadania daqueles ditos