Capítulo escolhido: V. da maneira de conservar cidades ou principados que, antes da ocupação, se regiam por leis próprias

Capítulo escolhido: V. da maneira de conservar cidades ou principados que, antes da ocupação, se regiam por leis próprias

Introdução:
Nesse trabalho, venho apresentar o capítulo V situado na obra de Maquiavel “O Príncipe” (1983), que foi vista por muitos filósofos como “um manual Político”.
O capítulo que irei apresentar, mostra o modo que Maquiavel coloca para conquistar e manter o domínio de cidades ou principados que antes da ocupação já eram habituados a viver com leis próprias.

Apresentação geral do autor em seu contexto filosófico:
Maquiavel (1469-1527) é apresentado por seus comentadores como escritor, diplomata e estudioso de política italiana, conforme Soboleski (2011, p.35).
Segundo Reale (2005, p.95), “Maquiavel foi o iniciador da nova fase do pensamento político inspirado no realismo e dirigido a fundar a autonomia da esfera política”.
O universo mental de Maquiavel é completamente diverso. Distancia-se dos tratados sistemáticos da escolástica medieval e, à semelhança dos renascentistas preocupados em fundar uma nova ciência física, rompe com o pensamento anterior, através da defesa do método da investigação empírica (Winter, 2006, p.118). “Maquiavel foi um dos grandes responsáveis pela noção moderna de poder” Winter (2006, p. 118). A ele se deve também a renovação do sentido e da relação entre ética e política, isso segundo Winter (2006, p. 118).

Apresentação da obra:
De acordo com Winter (2006, pg.120), na obra mais famosa de Maquiavel “O príncipe” (1973), encontra-se uma intensa reflexão filosófica, onde Maquiavel expressa os seus sentimentos de desejo de ver uma Itália poderosa e unificada. Expressa também a necessidade não só dela, mais de um povo, de ter um monarca com pulso firme, um legitimo rei que defende seu povo sem medir esforços. “A obra de Maquiavel se constitui de fato, numa inovação para o pensamento político moderno” Winter (2006, p. 127). Inovação fundamentada na distinção entre a moral individual, herdada da