Caprinocultura no nordeste brasileiro

CAPRINOCULTURA NO NORDESTE BRASILEIRO

Os caprinos da raça Anglo-Nubiana são assim denominados, devido aos cruzamentos entre caprinos da Núbia (Sudão) e da Inglaterra com o duplo objetivo de produção de carne e leite. Após a formação da raça, obtiveram animais mais adaptados à Inglaterra e com produtividade mais alta. Trata-se de uma raça, extremamente rústica e, de certa forma, resistentes às condições climáticas da região nordeste brasileira, inclusive para a criação a pasto.
Essa é uma raça que possui todas as variedades de pelagem, com pelos curtos e brilhantes, pele solta, predominando a cor escura. O corpo é longo, profundo e bem conformado, bastante musculoso, conta com um peito amplo, uma linha dorsolombar retilínea e larga, além de costelas bem arqueadas. Tais características fisionômicas garantem a essa raça uma boa aptidão para o corte.
Ao mesmo tempo, as fêmeas apresentam úberes muito bem desenvolvidos e uma boa produção leiteira, menor que a produção das outras raças especializadas europeias, porém contendo altos níveis de gordura e sólidos totais. Isso é responsável por determinar a grande habilidade materna e a capacidade de produção comercial de leite. Por isso, a raça é classificada como de dupla aptidão, o que justifica seu uso na caprinocultura do nordeste brasileiro, devido à possibilidade de uma exploração mais rentável. A raça Anglonubiana produz mestiços com boa aptidão leiteira, precoces e com carne de qualidade. Produz em média dois litros de leite por dia, numa lactação de sete meses. Os cabritos vão para o abate aos três meses, já com 21 a 22 Kg.
Portanto, a raça Anglonubiana é a mais indicada para criação no nordeste brasileiro, pois o clima é semi-árido e ela se adapta muito bem devido suas origens. A criação nesta região é extensiva, geralmente pequena e muitas vezes é usada para a subsistência do próprio criador. Por este motivo que uma raça de produção mista é mais indicada e a Anglonubiana se enquadra nestes requisitos.