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O conhecimento científico é uma conquista relativamente recente da humanidade. A revolução científica do século XVII marca a autonomia da ciência, a partir do momento que ela busca seu próprio método desligado da reflexão filosófica.
O exemplo clássico de procedimento científico das ciências experimentais nos mostra o seguinte: inicialmente há um problema que desafia a inteligência humana, o cientista elabora uma hipótese e estabelece as condições para seu controle, a fim de confirmá-la ou não, porém nem sempre a conclusão é imediata sendo necessário repetir as experiências ou alterar inúmeras vezes às hipóteses. A conclusão é então generalizada, ou seja, considerada válida não só para aquela situação, mas para outras similares. Assim, a ciência, de acordo com o pensamento do senso comum, busca compreender a realidade de maneira racional, descobrindo relações universais e necessárias entre os fenômenos, o que permite prever acontecimentos e, conseqüentemente também agir sobre a natureza. Para tanto, a ciência utiliza métodos rigorosos e atinge um tipo de conhecimento sistemático, preciso e objetivo.
Nos primórdios da civilização os gregos foram os primeiros a desenvolver um tipo de conhecimento racional mais desligado do mito, porém, foi o pensamento laico, não religioso, que logo se tornou rigoroso e conceitual fazendo nascer a filosofia no século VI a.C.
Nas colônias gregas da Jônia e Magna Grécia, surgiu os primeiros filósofos, e sua principal preocupação era a cosmologia, ou estudo da natureza. Buscavam o principio explicativo de todas as coisas (arché), cuja unidade resumiria a extrema multiplicidade da natureza. As respostas eram as mais variadas, mas a teoria que permaneceu por mais tempo foi a de Empédocles, para quem o mundo físico é constituído de quatro elementos: terra, água, ar e