Cap VII O Demônio da Teoria

2480 palavras 10 páginas
O publico é exigente e taxativo. Quer saber se o livro é bom ou mal. A função do critico é declarar: “Acho que esse livro é bom ou mal”. Mas os leitores gostariam que os críticos justificassem suas preferências. A critica deveria ser uma avaliação argumentada. A história literária tentou-se libertar-se da critica, acusada de impressionista, substituído por uma ciência positiva de literatura. O valor depende de como cada um reage a ela em função de sua personalidade incomparável. A oposição entre cientifica e critica é considerada pela teoria como uma atração. Toda teoria envolve uma preferência. Em grego o cânone era uma regra, um modelo, por uma obra a ser imitada. Na igreja o cânone foi a lista longa dos livros reconhecidos como os livros dignos de autoridade. No século XlX grande escritores se tornaram heróis. Um cânone promove os clássicos nacionais ao nível dos gregos e latins. Devemos distinguir muito claramente... a questão "O que é arte?" da questão "O que é boa arte?". Se começamos por definir "o que é uma obra de arte" em termos de "o que é boa arte", estamos definitivamente perdidos. Porque infelizmente, a maior parte das obras de arte é ruim. Goodmam observava que uma má interpretação da Nona Sinfonia é arte tanto quanto uma boa interpretação dessa mesma obra. A avaliação racional de um poema pressupõe uma norma, isto é, uma definição da natureza e da função da literatura acentuando-se, por exemplo, seu conteúdo, ou então, sua forma, _ que a obra considerada realidade maneira mais ou menos apropriada. Eliot distinguia literatura de valor. Para ele, a literariedade de um texto (o fato de pertencer à literatura ) devia ser estabelecida com base em critérios exclusivamente estéticos (desinteressados ou puros de finalidade na tradição Kantiana), mas a grandeza de um texto literário (uma vez reconhecido como pertencendo a literatura) dependia de critérios não estéticos. Em suma indagaremos primeiro de um texto se ele é pura e simplesmente

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