Capítulo 15: Da Crise ao Milagre (1960-1973)

A década de 60 foi cheia de mudanças para a sociedade brasileira. Economicamente falando, o início da década foi marcado pela crise e na visão política tivemos a mudança de democracia para militarismo. A crise foi marcada pela queda dos investimentos e da taxa de crescimento da renda e aumento da inflação, que chegou a 90%. São muitas as explicações para a crise, podendo ser divididas em: - Instabilidade política – sem política consistente de LP dificultava investimentos e crescimento do país. - Política econômica recessiva de combate á inflação - Controlar gastos públicos, diminuir liberdade creditícia e combater excessos da política monetária. - Crise do populismo - incapacidade de incorporar as massas urbanas como base de apoio político. - Estagnacionismo – redução nas taxas de crescimento do produto devido ao esgotamento do dinamismo do processo de substituição das importações.
- Crise cíclica endógena típica da economia industrial ou capitalista – devido à desaceleração dos investimentos em bens de capital. - Inadequação institucional - ausência de mecanismos de financiamento adequados; necessária expansão do mercado consumidor; falta de instrumentos de política monetária-fiscal.

Os problemas gerados pelo processo inflacionário eram:
- Desestimulo à poupança;
- Desestimulo à aquisição de imóveis e à construção civil;
- Desordem tributária, lucros ilusórios.

Foi necessária a criação de mecanismos que possibilitassem o crescimento econômico em um ambiente de inflação moderada, para isso as principais reformas institucionais do PAEG foram: reforma tributária, reforma monetária e financeira e reforma política externa.

Os principais objetivos nessa reforma eram criar condições de condução independente da política monetária. Essa reforma foi dividida em quatro grandes grupos:

- Instituição da correção monetária e criação da ORTN (obrigações reajustáveis do tesouro nacional);
- Lei 4595 - Criação do CMN (Conselho monetário nacional) e