Canteiro Aberto

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
ESCOLA DE MÚSICA E ARTES CÊNICAS
DISCIPLINA: CULTURA MUSICAL BRASILEIRA
PROF DRA. ANA GUIOMAR RÊGO SOUZA
ALUNA FERNANDA DE JESUS FELIPE

Canteiro aberto: A restauração da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário – Pirenópolis
Realização: IPHAN

Vídeo 1 : O título Canteiro aberto remete às obras de restauração feitas na Igreja Matriz após um incêndio acidental. Ouve-se sons de martelos ,serrotes ... como ocorre em um canteiro de obras. Também vemos o teto da igreja em estilo pré-colonial e como fundo, uma marcha fúnebre, como que lamentando o acidente. Ocorre aí uma paisagem sonora híbrida.
Seu Ico (Teodorico Pereira), personagem histórico da cidade, nos conta no vídeo da importância da Igreja como parte do cotidiano de Pirenópolis, com suas celebrações de nascimento, morte, lavagem do sino... como sendo ela parte de tudo o que ocorre na cidade. Daí o acidente ter sido para os moradores como a “perda” de um habitante ilustre e conhecido entre todos, o sentimento de pertencimento e personificação do símbolo. Há também no vídeo depoimentos de pessoas influentes na cidade, como o Sr. Cristóvão Pompeu de Pina, curador de um grande acervo musical da cidade. Reconhecemos nas falas e nos costumes o trânsito cultural, hibridações e circularidade cultural nas manifestações religiosas, culturais e artísticas da cidade.
Em todos os depoimentos, inclusive no do engenheiro responsável pela obra, vemos a tentativa de restauração utilizando métodos que resguardassem parte do antigo presente na mesma. Como ícone de representação da cidade de Pirenópolis, a Igreja deveria ser “restaurada” sem perder sua história, daí um impasse ao verificar-se que a Igreja não poderia ser “refeita” tal como era. A arquitetura reflete sua época vigente, os métodos mudam, portanto nada ficaria exatamente igual. Para os estudiosos, a tradição só existe na mudança, respondendo à necessidade de uma época. A história não se acaba por não ser igual, mas