Canibal Filmes

6158 palavras 25 páginas
Canibal Filmes:
Petter Baiestorf e o “sinema” trash catarinense.

R. M. Caresia

Com certeza, o Estado de Santa Catarina não poderia ser lembrado pela sua ínfima produção cinematográfica, lembrando ainda que a produção brasileira também não é lá aquelas coisas comparadas com outros países. Ainda mais tratando-se do gênero terror ou trash (misturando humor negro, deboche e nudez com elementos de terror e ficção), que atualmente no país só sobrevive no cinema independente, dito underground, onde filmes de baixíssimo orçamento, mas feitos com muita garra e vontade, tentam mal e mal cobrir os custos. Quem faz filmes de terror neste país não apenas demonstra que é corajoso, significa também fazer uma verdadeira declaração de amor ao gênero. Portanto, só a história da produtora catarinense Canibal Filmes, totalmente anárquica, debochada e underground, já poderia render um belíssimo filme.
É difícil não resumir a Canibal Filmes sem relacioná-la com Petter Baiestorf, responsável não só pela criação e concepção da produtora como também por ser roteirista, produtor e diretor da grande maioria dos filmes (curtas, médias e longas), além de participar em alguns deles como ator. Fã d desde os 5 anos de idade, impressionou-se mais tarde com filmes como O Incrível Homem que Derreteu e Ultimo Mondo Cannibale. Já em 1991/1992, Baiestorf editava os fanzines Arghhh! e Necrofilia, com textos sobre filmes e HQs de horror, usando o nome Canibal Produções. Mas parece que a coisa começou a tomar vulto em 1992, quando os dois colegas, Baiestorf e E. B. Toniolli, ambos com dezoito ou dezenove anos, juntando alguns colegas secundaristas, resolveram fazer um filme em VHS, nas redondezas da cidade de Palmitos, interior de SC. A escolha era óbvia: um filme de terror e ficção, gênero que os dois cultuavam, com uma pitada bem carregada de humor negro e sarcasmo. Inicialmente, o filme se chamaria Lixo Cerebral vindo de Outro Espaço, usando uma câmera VHS emprestada por um pastor

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