candomblé

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A possessão é um tema complexo e fascinante ao mesmo tempo, e por isso a análise de umbanda começará por ele. Apesar do medo aparente das pessoas, todos sentem uma enorme e inexplicável curiosidade ao presenciar uma cena de possessão; esse fenômeno coloca em ‘cheque’ muitas idéias cultivadas por uma cultura, pois o tema possessão diz respeito à mudança que é processada nas pessoas por intermédio do transe; daí surge o mistério, onde a pessoa possuída se torna irreconhecível, muda de fisionomia e até as pessoas mais íntimas são incapazes de dizer que alí está a mesma pessoa conhecida.

A idéia de possessão não diz respeito somente aos cultos afro-brasileiros; aqui no Brasil esse fenômeno se representa em diversos cultos de princípios religiosos. Não é necessário ser umbandista, ou fazer parte do candomblé para viver num mundo onde vagam espíritos que são cultivados. A possessão ao contrário do que parece e do que se pensa, não é coisa do outro mundo; faz parte da cultura brasileira.

É importante ressaltar que a estranheza frente à possessão é significativa. Torna-se aguda a diferença entre uma pessoa em seu estado normal e em possessão. O contraste entre os dois momentos, seja na umbanda, no candomblé ou no espiritismo, explicita um passado assustador.
As dificuldades com os cultos de possessão não ficaram apenas no plano religioso. O Estado, combatia os cultos, as ‘macumbas’ , particularmente, na era Getúlio Vargas, mas antes dessa época o povo já se preocupava com o problema e estudava os cultos afro-brasileiros, muitas vezes adotando posturas pouco simpáticas em relação ao tema.

A umbanda trata a possessão como algo benéfico; ao invés de expulsar as entidades do outro mundo, consideradas maléficas por outro culto, aprendem a conviver com elas. Aqui, ao invés de termos como santos ou demônios, temos muitos seres que têm suas características e não podem ser reduzidos apenas a um nome.

Os umbandistas são, portanto, súditos de vários senhores e

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