cancer no rin
Cássio Andreoni
Prof. Adjunto Livre-Docente
Chefe do Setor de Laparoscopia. Unifesp-EPM
Nas últimas duas décadas poucas neoplasias tiveram avanços tão significativos quanto aos que foram incorporados aos tumores renais nas áreas do entendimento dos eventos genéticos-moleculares que ocasionam seu desenvolvimento, na maior acurácia no diagnóstico, no desenvolvimento e na incorporação de procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos e na recente aplicação de novas drogas alvo-moleculares para tratamento de doença sistêmica. Com estes avanços, hoje sabe-se os caminhos moleculares e aumenta-se a chance de desenvolvimento de drogas mais eficazes, os pacientes sofrem menos e tem o rim preservado na maioria das vezes bem como uma euforia inicial de um aumento na sobrevida de pacientes com doença metastática.
Apesar dos avanços incorporados o carcinoma renal continua sendo o tumor urológico mais letal e cerca de 30% a 40% dos casos irão a óbito devido ao avanço da doença.
A incidência continua crescendo e os tumores são diagnosticados cada vez menores, portanto, com o tempo a mortalidade deve diminuir. Entretanto, espera-se ansiosamente pelo descobrimento de uma droga eficaz para o tratamento da doença metastática, tal e qual ocorreu com os tumores testiculares na década de 1970 com a introdução da cisplatina e subseqüente declínio abrupto da mortalidade.
O início da realização da nefrectomia proveu as informações clínicas e os tecidos para a base dos conceitos histopatológicos atuais.
Wolcott em 1861 realizou a primeira nefrectomia para tumor renal, no entanto o procedimento foi planejado para um ressecção de hepatoma. Grawitz em 1883 lançou o conceito que o tumor renal era composto por células claras oriundas de restos da adrenal e criou o termo Hipernefroma, que é muito usado até os dias atuais, porém, de forma errônea. Foi Albarran em 1903 que criou um melhor esclarecimento sobre a histopatologia dos tumores renais (1). Nos dias