Cancer de Mama

Mamas, da anatomia à função, da imagem a emoção, órgão extremamente complexo; grandes ou pequenas, densas ou flácidas, não importa, símbolo máximo de feminilidade da mulher amada que deleita seu homem e da mãe dedicada que nutre com ternura seu filho. Mais do que isso, significou no passado distante à própria preservação da espécie. Qual o destino de um recém nascido, há 20.000 anos, sem o leite de sua genitora?
Mamas, cuja complexidade biológica começou a ser desvendada há pouco mais de 20 anos, justifica-a como sede de um ilimitado número de diferentes tipos de neoplasias malignas (cancer), com diferentes comportamentos e formas de tratamentos individualizadas.
O temor pelo cancer de mama tem como base, o significado mítico da doença, com seu risco de morte e pela possibilidade de mutilação inerente ao tratamento. Este temor é, sem dúvida, um dos nossos piores inimigos, pois é responsável pelo retardo na identificação da doença.
Felizmente a insatisfação humana não tem limites e a busca pela sobrevivência é uma obsessão. Nos últimos anos houve uma evolução fantástica da ciência sob vários aspectos, na fisiologia normal da mama, nos mecanismos da doença e nos métodos diagnósticos resultando no desenvolvimento de diferentes formas de tratamentos. Tudo isso contribuiu para o significativo aumento na cura do cancer de mama, registrado neste período.
O CANCER DE MAMA PODE SER CURADO, SIM! Para isso é necessária a conscientização das mulheres sobre a necessidade de fazer revisões periódicas, com mamografia anual após os 40 anos, acompanhada ou não de ultra-sonografia (ecografia). Quanto maior a idade, mais tempo o indivíduo sofrerá o efeito dos inúmeros agentes carcinogênicos do ambiente, aumentando o risco.
Tumores diagnosticados em estágios iniciais freqüentemente são tratados conservando a mama. Nos últimos 3 a 4 anos houve o desenvolvimento de técnicas cirúrgicas especiais chamadas cirurgias oncoplásticas, onde o mastologista utiliza recursos técnicos