Caminhos da pesquisa
FACULDADE DE FILOSOFIA DOM AURELIANO MATOS
ESPECIALIZAÇÃO EM PERSPECTIVA E TEORIAS EM HISTÓRIA
DISCIPLINA: HISTÓRIA ORAL
PROFESSOR: OLIVENOR
CAMINHOS DA PESQUISA
MARIA LUCINEIDE CAVALCANTE
Morada Nova, 18 de agosto de 2003.
CAMINHOS DA PESQUISA
Desde a minha inserção na Universidade, no ano de 1995, no curso de História, quando nas primeiras aulas da disciplina de Introdução ao Estudo da História, ministrada pela professora Zilda Lima, algumas questões me inquietavam. Ao discutirmos sobre os novos temas e novos objetos proposto pela História Nova, comecei a perceber que realmente a história é uma disputa, como diz Marc Ferro[1]. Ela é vigiada, controlada e as produções históricas são, de um certo modo, reflexo dos mecanismos de poder. Na medida em que as obras históricas privilegiam certos temas e outros não, podemos questionar sobre as condições de sua produção e, como afirma Ferro, o papel de vigilante da história não é apenas exercido pelo Estado ou pelo político, mais emana também da sociedade, onde por sua vez, censura e autocensura qualquer análise que possa revelar suas interdições, seus lapsos, que possa comprometer a imagem que uma sociedade pretende dar de si mesma [2]. Ao compreender um pouco sobre história entendi o porquê de tantos vazios, de tantos temas esquecidos ou simplesmente não valorizados. Foi então que despertei a tentar encontrar alguns caminhos para compreensão do protestantismo em minha cidade, face a minha própria história de vida dentro do protestantismo. Não seria possível deixar de reconhecer, a relação de cumplicidade entre a pesquisadora e o tema abordado, pois apesar de não ser membro da Igreja em análise, mantenho estreita relação com o protestantismo, na qualidade de participante de outra igreja pentecostal, a Igreja de Cristo no Brasil. Como afirma Souza, não há como negar tal