Calculando A Dist Ncia Mahalanobis Robusta

IDENTIFICAÇÃO DE VALORES DISCREPANTES POR MEIO DA DISTÂNCIA
MAHALANOBIS
PAULO TADEU MEIRA E SILVA DE OLIVEIRA
Depto de Estatística, Universidade de São Paulo, e-mail: [e-mail]
JOSE OSMAN DOS SANTOS
Supervisão de Radioquímica, IPEN – CNEN /SP, e-mail: [e-mail]
CASIMIRO SEPÚLVEDA MUNITA
Supervisão de Radioquímica, IPEN – CNEN /SP, e-mail: [e-mail]

1. INTRODUÇÃO
Conforme a similaridade química elementar entre os fragmentos cerâmicos, a detecção de amostras discrepantes em estudos composicionais de cerâmicas constitui uma das principais tarefas antes da aplicação das técnicas de classificação das amostras. A razão para esta busca, reside no fato que as amostras discrepantes podem alterar os grupos composicionais ou distorcer os critérios de otimização em que podem alterar a separação entre os grupos (Hardin et al, 2004).
Tendo em vista a natureza geoquímica dos dados obtidos em estudos composicionais de cerâmicas arqueológicas, tem sido citado na literatura que as amostras discrepantes são, geralmente, observações resultantes de processos secundários, e não de valores extremos a partir da distribuição natural dos dados (Reimann, 2000). Os resultados analíticos discrepantes são gerados por processos fora de controle, técnicas analíticas erradas, contaminação durante a preparação das amostras, medida com alto erro, etc.
Os valores analíticos derivados de um processo secundário não precisam ser, necessariamente, observações de valores altos ou baixos em relação a todas as variáveis na base de dados, logo a tentativa de identificar amostras discrepantes com métodos univariados clássicos são pouco confiáveis. Desta forma, vários métodos para identificação das amostras discrepantes no espaço multidimensional têm sido propostos (Hadi, 1992). Entre os métodos, os que são determinados por meio da matriz de covariância tem sido aplicados com sucesso. Com esse propósito, a distância de Mahalanobis tem sido aplicada para identificação das amostras