Café e tabagismo

1 INTRODUÇÃO

O Brasil ocupa a posição de maior produtor e exportador de café (Coffea arábica) no mundo, sendo responsável por 30% do mercado internacional, volume equivalente à soma da produção dos outros seis maiores países produtores. É também o segundo mercado consumidor, atrás somente dos Estados Unidos. Além do café comum, observa-se um crescente interesse pelos cafés especiais como, por exemplo, o instantâneo, capuccino, expresso, especial ou gourmet, descafeinado e o orgânico. Esses se diferenciam do café comum devido ao tratamento que o grão é submetido (MARTINS;CAMARGOLL;BATTACIALL, 2005; TNS INTERSCIENCE, 2005). O café é uma das bebidas mais populares, com um consumo médio mundial, anual de 1,1kg per capita do café comum nos países em desenvolvimento, chegando a 4,5 kg per capita nos países desenvolvidos (MARTINS, 2006). A qualidade da bebida do café pode ser afetada por diversos fatores como diferentes espécies e variedades, local de cultivo, maturação dos grãos, incidência de microrganismos, efeito de adubações, fermentações, armazenamento, mistura de diferentes lotes e torração do café. Todos estes fatores influenciam nas características sensoriais da infusão, determinando assim a sua qualidade por meio da pureza, do sabor e do aroma (TNS INTERSCIENCE, 2005). A substância de maior interesse presente no café é a cafeína (1,3,7-trimetilxantina). Esta é uma metilxantina estimulante do Sistema Nervoso Central. Existem várias fontes alimentares de cafeína. As principais são: café (em primeiro lugar), chá preto, mate, chocolate, e bebidas à base de cola. Além das fontes alimentares estima-se também que quase 200 drogas não descritas contêm cafeína ( SANTOS et al, 1998; SOUZA; SICHIERI, 2005a). A cafeína é uma substância bastante segura para o consumidor, mesmo em doses razoavelmente elevadas. Um limite máximo não prejudicial para a saúde humana está na faixa de 500 mg diários de cafeína. Considera-se que cada xícara de café