Caderno Sociologia

Sociologia Urbana
- Urbanização ≠Urbanismo (Georg Simmel)
Urbanização-> processo de crescimento estrutural e populacional do espaço urbano, com concentração do capital e da mão-de-obra + aceleração do ritmo produtivo, das ruas, das cidades e, portanto, da vida em sociedade.

Urbanismo-> área de estudo/análise dos efeitos provocados pelas metrópoles no “condicionamento” do comportamento humano. -> Georg Simmel (sociólogo alemão): “o indivíduo possui uma personalidade bastante distinta nas cidades, onde há a predominância da racionalidade econômica e a intensa estimulação nervosa” -> “Intensificação da vida nervosa” -> “Atitude de reserva”

- Espaço urbano e luta social
-> Ao pensarmos a cidade como uma construção social, devemos reconhecê-la muito além de um “mero” espaço elaborado, pensado pelo homem (enquanto resultado passivo das ações). Mais do que isso, ela é um importante agente ativo que condiciona, reforça e retrata uma série de desigualdades sociais. Em outras palavras, a cidade é diretamente responsável e determinante na reprodução da dominação ideológica, material e, portanto, territorial. A distribuição de recursos e serviços oferecidos, tanto em qualidade quanto em quantidade, depende não só da localidade em questão mas também dos interesses do grande capital e da especulação do mercado imobiliário.
-> Tendo em vista que o Brasil, historicamente, é marcado por problemas como a segregação econômica (classes) e “racial”, a cidade precisa ser estendida como um cenário que reflete e contribui para as relações sociais desiguais, numa troca cíclica e recíproca.

I – Como produto resultante das relações sociais, as cidades expressam, literalmente, um retrato fiel da realidade social. Porém, elas são bem mais que um “cenário” quando contribuem para preservar ou mesmo agravar algumas contradições provocadas pela dominação espacial e ideológica, fazendo da cidade uma verdadeira mercadoria. A consequência disto é a luta social : trabalhador (cidade