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8186 palavras 33 páginas
Comércio exterior

COMPLEXO TÊXTIL BRASILEIRO
Ana Paula Fontenelle Gorini
Sandra Helena Gomes de Siqueira*

Resumo
A balança comercial do setor têxtil brasileiro sofreu duro impacto com a abertura comercial e, se antes apresentava saldo positivo, embora decrescente, passou a ter déficit. Hoje, entretanto, o setor encontra-se em recuperação, depois de adotar medidas que deram início a um processo de reestruturação, com a modernização de seu parque de máquinas, aumento de produtividade e novas técnicas de gestão.
A participação do Brasil no comércio mundial é, ainda, de pouco menos de 1%. Os países asiáticos, nossos maiores concorrentes, modernizaram-se rapidamente e, atualmente, aparecem, junto com os Estados Unidos, entre os maiores produtores e exportadores de têxteis. Algumas ações realizadas pelo governo, além daquelas adotadas pelas próprias indústrias, já contribuíram com a melhoria da balança comercial do setor. O BNDES criou, em 1996, um programa exclusivo para financiamento às indústrias têxteis, respeitando suas características.
Este artigo procura identificar os principais problemas que o setor enfrenta no comércio mundial para alcançar a competitividade desejada.

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*Respectivamente, gerente e técnica da Gerência Setorial de Bens de Consumo Não-Duráveis do
BNDES.
As autoras agradecem os comentários de Maria Carmen W. Montera (BNDESPAR) e também a colaboração dos estagiários de economia Adriana Araújo Beringuy e Mauro Arnaud de Queirós
Mattoso.

22/01/2002

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AO1/GESET2

Comércio exterior

Introdução
Este artigo aborda de forma sintética a evolução do comércio relativo ao Complexo Têxtil
Nacional. Tem como objetivo identificar os principais problemas que o setor enfrenta para alcançar competitividade diante da acirrada concorrência internacional.
De modo geral, os impactos da abertura da economia foram diferenciados segundo o porte e o estágio de atualização tecnológica das empresas do setor,

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