Breve histórico das políticas públicas brasileiras

Breve histórico das políticas públicas brasileiras
1. Período colonial
O período colonial, para análise de suas políticas públicas, pode ser dividido em dois períodos: o primeiro, entre 1500 e 1700, e o segundo, entre 1700 e a independência, ou seja, 1822. Assim, o primeiro período é caracterizado por um governo descentralizado, pela falta de integração e comunicação no território, o que tornou difícil a existência de um forte programa de políticas públicas. A economia da época era praticamente baseada em engenhos de açúcar e grandes pastos que eram usados para pecuária e, assim, como o terrítório estava dividido por captanias hereditárias, cada região possuía um bem feitor, normalmente, um senhor de engenho que detinha o poder político e administrativo do local.
Já no período que decorre entre 1700 e a independência, um grande fator transformador da realidade social ocorre: a mineração. Dessa forma, a mineração promove o começo da urbanização e da diversificação social, pela dinâmica que a produção do ouro alimentou na região. Além disso, ela trouxe um forte fiscalização da coroa portuguesa sobre a produção de ouro, o que significou a presença de um Estado mais forte, mesmo que este ainda não fosse o Estado que é caracterizado como um grande interventor e promotor de políticas públicas. Como também, em consequência da forte fiscalização, ela trouxe o começo da influência do pensamento iluminista e liberal. Dessa forma, com a decadência da extração de ouro e a crise do sistema colonial, com o fim do pacto colonial, ou seja, o fim do monopólio português, a independência se deflagra. No entanto, um ponto a ser observado é a vinda da família real para o Rio de Janeiro, em 1808, a qual alterou a dinâmica da cidade, que ganhou vários projetos de infra-estrutura, como campanhas sanitaristas, melhorias arquitetônicas, entre outros, na tentativa de se fazer uma “europeização”da cidade. Assim, mesmo que na época o Estado não se impusesse como um