BREV SSIMA HIST RIA DA ILUMINA O C NICA

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BREVÍSSIMA HISTÓRIA DA ILUMINAÇÃO CÊNICA Nos teatros gregos e romanos da antiguidade (desde + 410 AC) e durante a Idade Média ainda, as representações teatrais só eram feitas à luz do dia e ao ar livre e não se cogitava outra forma de ser nessa época. Na Idade Média, a Igreja proibiu o teatro, pois este era profano, indecente e imoral. Mas foi dentro da própria Igreja que o teatro renasceu: o drama religioso retoma a união entre o drama e o povo. As representações se iniciaram dentro das próprias Igrejas, nas naves centrais, e naturalmente a luz entrava pelas janelas e vitrais, durante o dia, iluminando as cenas que também eram iluminadas por algumas tochas. Do interior das igrejas, as representações se transfiram para a parte de fora, nas escadarias, à frente dos templos e à luz do sol. Cômicos ambulantes – No século XV temos referências em gravuras de atores ambulantes fazendo uma representação num fim de tarde. O céu está encoberto de nuvens, sobre o tablado há dois suportes laterais, um de cada lado, sustentando cestos onde há fogo para a iluminação. Um dos cestos está em combustão e o outro está sendo aceso por um homem sobre o tablado, dentro do espaço cênico. Essas tochas são projetadas para fora do tablado. Essa gravura contraria as informações que temos de que o teatro era realizado apenas durante o dia. Renascimento – Em 1514 ou 1515 aparece a primeira referência de uma representação iluminada artificialmente. Baltazar Peruzzio montou “A Calendra”, do Cardeal Bibiena, na presença do Papa Leão X. Habituados à luminosidade dos círios (velas), os príncipes da Igreja não concebiam que as cerimônias, mesmo profanas, pudessem se realizar sob a luz artificial, cheia de mistérios. Peruzzio clareou brilhantemente a sala e a cena de sua tragédia lírica com uma quantidade muito grande de círios. Por mais de dois mil anos, nosso teatro não necessitou outro tipo de iluminação que não fosse proveniente do sol. Durante o Renascimento italiano,

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