Brasil

A economia no Brasil
Séculos XVI – XVII

A economia brasileira passou por diversas fases monocultoras entre os séculos XVI e XVII.
Em um primeiro momento, no séc XVI, os portugueses que adentraram os solos brasileiros exploravam o pau-brasil. Tal madeira muito os interessava, pois era matéria prima de móveis e construção civil. De tom avermelhado, sua seiva servia para tingir tecidos, o que foi muito valorizado pelos franceses que também chegaram a comercializá-lo. Para os índios era uma árvore de pouco valor, utilizada para fazer fogueiras, de fácil substituição. A forma de extração se dava, em um primeiro momento, a partir do trabalho indígena. Os índios cortavam e cerravam o pau-brasil, muito abundante no litoral brasileiro, transportando-o para os portugueses em troca de bugigangas como miçangas e espelhos por meio do escambo.
Em 1532, por meio de uma expedição ao Brasil de Martim Afonso, foram enviadas a Portugal informações sobre o território: havia uma ausência de metais preciosos, mas um solo fértil para investimentos agrícolas. Assim, se deu início a uma agricultura voltada para exportação por meio da plantation. Esse sistema consiste em uma monocultura em latifúndio, que inicialmente utilizava mão de obra escrava de índios e posteriormente foi substituída por escravos negros africanos, o que possibilitava a ocupação e o povoamento, além de uma obtenção de lucro a partir dessa. Com a colonização, foi estabelecido o Pacto Colonial que decretava que o Brasil colônia só poderia comerciar com a metrópole (Portugal).
Teve início, então, o ciclo canavieiro que perdurou até o século XVII. A cana de açúcar, cultivada nos engenhos (fazendas), foi escolhida devido ao grande mercado consumidor, ao domínio da técnica de produção do açúcar (já produzido pelos portugueses nas Ilhas do Atlântico, territórios conquistados com a expansão marítima) e às condições naturais do nordeste brasileiro (escolhido para ser o centro do cultivo por ser a parte mais próxima a