Brasil e a integração na américa do sul

A América do Sul e o processo de integração em curso constituem um formidável laboratório para os analistas da cena internacional contemporânea do Pós-Guerra Fria. Nos últimos anos, sobretudo, a intensificação do processo de integração regional tem desencadeado movimentos de natureza político-estratégica ou simplesmente geopolíticos de diversas ordens e direções, em que alguns tendem à convergência, outros à dispersão e, outros ainda, no limite, ao antagonismo

As relações do Brasil com os vizinhos sul americanos e, a construção de um lugar regional integrado no subcontinente, representam o objetivo para a diplomacia brasileira. Em primeiro lugar, ela busca preservar e aprofundar o MERCOSUL e, paralelamente, aumentar a integração para o conjunto sul americano. Neste contexto, a Argentina e a Venezuela tem prioridades. Isto também depende a manutenção da certa autonomia do Brasil no contexto da globalização, condição indispensável para a estruturação de um projeto nacional que permita ao país ajudar a estruturação de um dos pólos de um sistema internacional. Para tanto é indispensável, superar a atual crise dentro de uma perspectiva que mantenha esta conquista que é o MERCOSUL, bem como evitar a implantação da ALCA, no formato que tem sido proposta pelos EUA. O MERCOSUL representou o primeiro processo de integração sul americano, e também latino americano, a obter certos resultados e a abrir alternativas regionais para uma melhor fixação internacional dos países do cone sul, nos quadros de uma ordem mundial emergente. A abordagem sobre o futuro do MERCOSUL, no contexto da primeira crise significa que este processo de integração levanta, por sua vez, muitos números em questões estratégicas.
Seja qual for a solução da crise, depende do estabelecimento de um sistema de relações estruturadas entre os países sul americanos. E para colocar a questão do futuro do MERCOSUL, é necessário identificar seus elementos formadores, tendências evolutivas e domésticas na virada