Brasil no regime militar

A OPÇÃO POR GRANDES REFORMAS – EDUCAÇÃO NO REGIME MILITAR Maria Clara Albuquerque 1º Período/Manhã

Durante o regime militar avançam os processos de urbanização e de industrialização, iniciados nos anos 30 e acelerados com JK. Acelera-se o ritmo de desenvolvimento econômico e o país ingressa na fase do chamado “milagre econômico”. Projetos de desenvolvimento de grande porte são concebidos e realizados – Itaipu Binacional, Ponte Rio-Niterói, Rodovia Transamazônica, Usinas Nucleares. O Brasil abre espaço na agenda das grandes economias nacionais. A crise do petróleo, contudo, provoca uma recessão no ritmo do desenvolvimento, despertando insatisfação em vários segmentos sociais. Surgem as primeiras greves, preparando o caminho para a democracia.
Na educação, os rumos seriam ditados por duas leis e um amplo conjunto de decretos-lei: a primeira, que regulamenta a reforma universitária, institui os princípios para a organização e funcionamento do ensino superior e articulação com a escola média (Lei nº 5.540/68); a segunda, fixa as leis de diretrizes e bases para o ensino de 1º e 2º grau (Lei nº 5.692/71).
Durante o longo período em que assumem o poder, os militares são apoiados por grupos políticos que dão substância a “legitimidade” ao regime instalado. Tropas militares impedem a movimentação dos políticos, o rádio e a televisão estão sob censura. O novo presidente, Castello Branco é eleito pelo congresso nacional, 15 dias depois do golpe. O tom do seu discurso é de compromisso com a ordem democrática, mas as decisões tomadas expressam sinais de rompimento com esta condição. Os partidos existentes são dissolvidos, instituindo-se o bipartidarismo. Eleições indiretas para presidente e governadores são adotadas. Com a nova constituição (1967), as leis de exceção são incorporadas e a ditadura institucionalizada.
O general Arthur da Costa e Silva, representante da chamada “linha dura” dos militares, é eleito