Brasil de todos
BOLETIM NO 44
O DOM DAS LÍNGUAS
1. Introdução Neste capítulo serão vistas e estudadas as três modalidades do carisma da variedade das línguas que são: o orar, o falar e o cantar em línguas. Além disso, serão abordados os principais aspectos de sua manifestação e o fundamento bíblico e doutrinário. Algumas pessoas pensam e dizem que o dom das línguas é o menor e o mais insignificante de todos. Porém, São Paulo escreve: “Aquele que fala em línguas não fala aos homens, senão a Deus: ninguém o entende, pois fala coisas misteriosas, sob a ação do espírito” (1 Cor 14,2). Ora, o Espírito orando no homem será pouca coisa? “Outrossim, o Espírito vem em auxílio à nossa fraqueza: porque não sabemos o que devemos pedir, nem orar como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos
inefáveis. E aquele que perscruta os corações sabe o que deseja o Espírito, o qual intercede pelos santos, segundo Deus” (Rm 8, 26-27). Talvez o mais difícil para algumas pessoas seja o abandono e a entrega da voz, para que o Espírito ore com “gemidos inefáveis”. Alguns precisam renunciar a auto-suficiência
e submeter-se à ação do Espírito Santo. Mas vale a pena! O gozo inefável que o mesmo Espírito traz com sua presença, a paz profunda que só Deus pode dar, a certeza de que Ele ora da melhor forma, são benefícios certos e imprescindíveis para o crescimento espiritual. O grande desejo de S. Paulo é
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manifestado assim: “De minha parte, desejaria que todos falásseis em línguas...” ( 1 Cor 14,5). Esta oração contém um caminho de enriquecimento espiritual, um título de graça. Na medida em que cresce a oração, modifica-se a vida pela ação amorosa e misteriosa de Deus. No Pentecostes aconteceu a primeira manifestação do dom das línguas de que se tem conhecimento. São Lucas narrou com muito entusiasmo: “Ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia