box 2

O box 2 ilustra uma operação realizada no mercado cambial, expondo como ocorre o processo, e destacando a atuação dos bancos. É importante ressaltar que as operações não envolvem deslocamentos de moeda de um país para outro; no caso da importação dos EUA, o banco nacional não envia moeda para a Coréia do Sul, apenas credita o valor na conta do exportador sul-coreano, e no caso da exportação norte-americana, o processo é inverso. A lógica do mercado cambial diz respeito à relação de troca entre moedas de países distintos, e a partir da interação entre oferta e demanda de divisas externas, cota-se o preço de uma moeda em relação a outra, sendo que o dólar, devido a sua ampla aceitação mundial, serve como moeda referência. No caso do Brasil, utiliza-se a convenção do incerto, que consiste em cotar o preço da moeda estrangeira na moeda nacional.

O mercado cambial pode ser ilustrado como local onde se transacionam divisas, tendo como determinante da taxa de câmbio de equilíbrio a interação entre oferta e demanda de moedas estrangeiras. A oferta de divisas é resultado da entrada de capitais, de rendas recebidas no exterior assim como as exportações de bens e serviços. Por outro lado, a demanda é constituída pelas importações de bens e serviços e por pessoas físicas ou jurídicas que desejam ou têm necessidade de enviar recursos para o exterior. É importante salientar que todas as contas do balanço de pagamentos sofrem influencia da taxa de cambio, cujas alterações afetam exportações, importações, entradas de capitais estrangeiros, etc. Existem basicamente dois tipos de regime cambial: um fixo e outro flexível. No primeiro, o Banco Central fixa o preço de uma moeda estrangeira em moeda nacional, e todas as transações com o exterior, que envolvam saída ou entrada de divisas, obedecem a tal taxa. Já no flexível, o próprio mercado cambial estabelece o preço da moeda estrangeira. Por ser adotado pela maioria dos países, darei especial atenção ao regime de cambio flexível.