Bocais
Universidade da Amazônia – UNAMA
Bocais ou tubos adicionais são constituídos por peças tubulares adaptadas aos orifícios. Servem para dirigir o jato d’água e regular a vazão. O seu comprimento deve estar compreendido entre 1,5 e 3,0 vezes o seu diâmetro. Os bocais apresentam-se em muitos aspectos, como um meio termo entre a placa de orifício e o tubo de Venturi. O perfil de entrada dos bocais é projetado de forma a guiar a veia fluida até atingir a seção mais estrangulada do elemento de medição, seguindo uma curva elíptica (projeto ASME 1) ou pseudoelíptico (projeto ISA2). O que faz com que o plano onde a veia é mais contraída seja exatamente o mesmo do plano do diâmetro. Ao contrário do tubo de Venturi3, não existe cone de recuperação de pressão (DELMÉE, 1995).
2.1 CLASSIFICAÇÃO Os bocais podem ser classificados em:
2.1.1 Bocal Cilíndrico a) Interior ou Reentrante
Na figura 11, observa-se o tubo dentro do reservatório que tem seu comprimento quase igual ao diâmetro. Possui apenas interesse teórico, sendo usado em laboratório para determinar o coeficiente de descarga, com boa aproximação.
Fig. 11 - Bocal interior ou reentrante.
ASME – American Society Mechanical Engineering ISA – International Standard American 3 Venturi – medidor de seção contraída que faz com que um fluido ao passar por ele sofra uma queda de pressão.
1 2
b) Exterior: Nesse caso, o bocal tem seu tubo fora do reservatório (figura 12). O coeficiente Cd é igual a 0,82.
Fig. 12 - Bocal exterior.
2.1.2 Bocal Cônico
Os bocais cônicos têm a peculiaridade de aumentar a vazão. Observou-se experimentalmente que nesses bocais, se forem convergentes, a vazão máxima para 13º 30´ tem Cd=0,82. Nos tubos divergentes com pequena seção inicial convergente, denominam-se Venturi (figura 13).
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Fig. 13 - Bocais cônicos.
2.2 V AZÃO NOS BOCAIS
Para o cálculo das vazões nos bocais aplica-se a mesma formulação utilizada para orifícios